segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Peça da Coroação Bate Recorde de Preço

MOEDA QUE PERTENCEU AO LENDÁRIO NUMISMATA BRASILEIRO AUGUSTO DE SOUZA LOBO ATINGIU A CIFRA DE US$ 499,375.00 - MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS

Peça da Coroação é leiloada em Nova Iorque por cerca de R$ 1.200.000; a peça foi leiloada pela Heritage Auctions, empresa americana de leilões, localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. 

Pertencia a coleção do lendário numismata brasileiro Augusto Souza Lobo. Na década de 40 fazia parte da coleção do Magnata Guilherme Guinle e foi adquirida pelo Dr. Monteiro em 1986. Em seu livro, ele cita a peça como "a flor encantadora no jardim das artes numismáticas brasileiras".


A Peça da Coroação foi a primeira moeda do Brasil independente. Quando da coroação de D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1822, foram cunhadas moedas destinadas ao óbulo que tradicionalmente os reis portugueses davam à Igreja no dia de sua coroação. Cunhada em ouro, no valor de 6400 Réis, é considerada atualmente a moeda mais rara da numismática brasileira, com aproximadamente 16 exemplares conhecidos. Pelo seu valor histórico, é hoje a moeda mais preciosa da numária brasileira. 

O Museu de Valores do Banco Central do Brasil possui dois exemplares da Peça da Coroação, uma delas exposta na sede do Museu, em Brasília. Outro exemplar está exposto no Museu Histórico Nacional e mais um no Centro Cultural do Banco do Brasil, ambos no Rio de Janeiro.



*Peça da Coroação - Imagem Ampliada

Para festejar sua coroação, no ano de 1822, o imperador brasileiro D. Pedro I autorizou a cunhagem da moeda, assinada pelo gravador Zeferino Ferrez e fabricada pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Todavia, o imperador suspendeu a cunhagem, pois detestou o projeto da moeda: a efígie, com o busto nu e com coroa de louros na cabeça, à moda dos imperadores romanos; a omissão das legendas CONSTITUCIONALIS (constitucional) e do complemento ET PERPETUUS BRASILIAE DEFENSOR (e perpétuo defensor do Brasil), o que poderia pressupor um desejo de poder absolutista. Além de que D. Pedro I preferia sua imagem nas moedas com uniforme militar e com o peito com medalhas. Por esses erros de projeto, os únicos sessenta e quatro exemplares fabricados foram tirados de circulação.

Fonte: Associação Brasileira Virtual de Numismática - AVBN

Um comentário:

  1. Boa tarde! Há duas peças no Museu de Valores do Banco Central em BSB, uma das peças foi arrematada por volta de 2000/2001 no Rio de Janeiro! Alguém sabe valor, leilão, por que de guarda e exposição o Museu tomou de conta da peça como se fosse cortesia?

    ResponderExcluir